The Babadook tem grande relação com um texto que escrevi aqui no blog (clique aqui para conhecê-lo). |
A resenha de hoje é bem curta pelos seguintes motivos:
1 - As publicações no blog são sempre feitas nas terças e quintas-feiras. A de hoje (um sábado) é excepcional, por razões que se tornarão óbvias ao longo do texto;
2 - Não quero passar nem perto de dar spoilers do filme;
1 - As publicações no blog são sempre feitas nas terças e quintas-feiras. A de hoje (um sábado) é excepcional, por razões que se tornarão óbvias ao longo do texto;
2 - Não quero passar nem perto de dar spoilers do filme;
3 - O filme em questão é tão bom que qualquer comentário sobre ele se faz desnecessário.
Feitas essas considerações, segue uma resenha bem curtinha do tenso e assustador THE BABADOOK (2014), o qual indico a todos os amantes do terror psicológico, a todo mundo que queira um filme de terror realmente bom e a todas as pessoas que existem, na verdade – mesmo àquelas que nem gostam tanto assim de cinema.
Feitas essas considerações, segue uma resenha bem curtinha do tenso e assustador THE BABADOOK (2014), o qual indico a todos os amantes do terror psicológico, a todo mundo que queira um filme de terror realmente bom e a todas as pessoas que existem, na verdade – mesmo àquelas que nem gostam tanto assim de cinema.
Sinopse do filme (recomendo nem ler isso, pois é melhor ser pego de surpresa, assim como aconteceu comigo agora há pouco): Seis anos já se passaram desde a morte de seu marido, mas Amelia (Essie Davis) ainda não superou a trágica perda. Ela tem um filho pequeno, o rebelde Samuel (Noah Wiseman), e sente dificuldades para amá-lo. O garoto sonha diariamente com um monstro terrível e, ao encontrar um livro chamado "The Babadok", reconhece imediatamente seu pesadelo. Certo de que o Babadook deseja matá-lo, o menino, para o desespero de Amelia, começa a agir de maneira estranha e irracional.
Partindo de uma premissa simples e clichê que já foi explorada em centenas de filmes e livros (uma mãe que precisa lidar com o medo que o filho tem do "bicho-papão"), The Babadook consegue criar algo diferente e inovador. A fotografia e as atuações absolutamente perfeitas, a história simples, mas bem construída, a trilha-sonora sabiamente utilizada, o monstro assustador e expressionista, a condução narrativa cheia de sutilezas e símbolos ocultos para a construção progressiva de uma tensão psicológica como poucas vezes se vê no cinema – tudo, enfim, converge de maneira magistral nesse filme para criar uma das melhores histórias de terror dos últimos anos.
William Friedkin, diretor de O Exorcista, disse publicamente que nunca viu um filme mais assustador do que The Babadook (e aqui está a prova). No entanto, convém lembrar que The Babadook não é daqueles filmes cheios de sustos baratos e imagens chocantes e grotescas. Muito diferentemente, o filme se vale de referências sutis e uma atmosfera muito peculiar para criar um terror imersivo e verossímil que, para as pessoas sensíveis a esse tipo de influência, será realmente apavorante (mas pode ser bem fraquinho para quem espera sangues e monstros abomináveis a cada minuto). Ainda assim, apesar de eu ter a certeza de que vou ser severamente censurado pela minha afirmação, não hesito em dizer que, guardadas as particularidades de cada filme e da época em que foram feitos, The Babadook é quase que um O Exorcista dos nossos tempos (ou, pelo menos, um O Iluminado). Mais do que um filme de terror, essa obra-prima escrita e dirigida pela australiana Jennifer Kent é uma aula de cinema, de condução narrativa e de terror.
William Friedkin, diretor de O Exorcista, disse publicamente que nunca viu um filme mais assustador do que The Babadook (e aqui está a prova). No entanto, convém lembrar que The Babadook não é daqueles filmes cheios de sustos baratos e imagens chocantes e grotescas. Muito diferentemente, o filme se vale de referências sutis e uma atmosfera muito peculiar para criar um terror imersivo e verossímil que, para as pessoas sensíveis a esse tipo de influência, será realmente apavorante (mas pode ser bem fraquinho para quem espera sangues e monstros abomináveis a cada minuto). Ainda assim, apesar de eu ter a certeza de que vou ser severamente censurado pela minha afirmação, não hesito em dizer que, guardadas as particularidades de cada filme e da época em que foram feitos, The Babadook é quase que um O Exorcista dos nossos tempos (ou, pelo menos, um O Iluminado). Mais do que um filme de terror, essa obra-prima escrita e dirigida pela australiana Jennifer Kent é uma aula de cinema, de condução narrativa e de terror.
The Babadook, apesar de todos os meus elogios – os quais muita gente considerará exagerados (mas leve em consideração que eu acabei de assistir a ele!) –, é um filme simples que conta com menos de uma hora e meia de duração, mas, com sua linguagem visual certeira (com influência de David Lynch e do próprio William Friedkin), dificilmente será esquecido por aqueles que vivenciarem a experiência por ele proporcionada.
Você não pode escapar do BABADOOK. |
The Babadook tem MUITO a ver com um artigo que publiquei aqui no blog recentemente, intitulado AS DELÍCIAS DO TERROR E AS TREVAS DO CORAÇÃO. Vale muito a pena ler esse texto antes ou depois de ver o filme!
Ba-ba-DOOK-DOOK-DOOK
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