sábado, 29 de abril de 2017

REALIDADE E IMAGINAÇÃO

"Os problemas do mundo possivelmente não podem ser resolvidos por céticos ou cínicos, cujos horizontes se cingem às realidades óbvias. Precisamos de homens capazes de sonhar com coisas que nunca existiram" – John F. Kennedy.

Uma das muitas funções do escritor sério – e que talvez sintetize todas as demais – é realçar para o leitor algum aspecto da existência, ampliando-lhe a percepção da realidade.

Para um escritor, a imaginação funciona como um sexto sentido para explorar as possibilidades da existência: um sentido extra que vê o que os olhos não veem, que escuta o que os ouvidos não captam, que fareja o que escapa às narinas, que saboreia o que é inacessível à língua e que experimenta aquilo que a pele nunca sentiu. Essa é a essência do ofício literário, de modo que, para se manter vinculado à realidade, um escritor precisa cultivar assiduamente a imaginação – e, se quiser escrever boa ficção, deve ter, ou ao menos estar buscando, profunda compreensão acerca do mundo real.

Um comentário:

  1. Concordo plenamente com a frase de John F. Kennedy. E eu costumo dizer que, a imaginação é a maior ferramenta nas mãos de um escritor, pois com ela pode-se imaginar até o inimaginável. Não é a toa que os grandes icones da literatura mundial e, também a nacional usavam e abusavam da imaginação. Dentre os nacionais destaco Monteiro Lobato que ao meu ver, foi um dos mestres quando se tratava do uso da imaginação em suas obras. E o legal de se usar a imaginação é que não há limites para ser escrita. Forte abraço Gustavo!

    ResponderExcluir