Segue a lista, ipsis litteris:
"Fica dito – não se pode traduzir sem...
1. ter uma filosofia a respeito do assunto;
2. ter o mais absoluto respeito pelo original;
3. o atrevimento ocasional de desrespeitar a letra do original exatamente para lhe captar melhor o espírito;
4. o mais amplo conhecimento da língua traduzida;
5. acima de tudo, sem o fácil domínio da língua para a qual se traduz;
6. cultura;
7. e, também, contraditoriamente, não se pode traduzir quando se é um erudito, profissional utilíssimo pelas informações que nos presta – que seria de nós sem os eruditos em Shakespeare? –, mas cuja tendência fatal é empalhar a borboleta;
8. intuição;
9. ser escritor, com estilo próprio, originalidade sua, senso profissional;
10. Não se pode traduzir sem dignidade."
***
Pretendo publicar por aqui mais algumas traduções de contos e poemas inéditos em língua portuguesa (já estou começando a trabalhar em uma adaptação entre-línguas de uma assustadora história curta do Dean Koontz). Por enquanto, caso você ainda não tenha se deparado com elas nas páginas obscuras desse estranho blog, recomendo a leitura de minhas traduções de "The Lighthouse" – o conto inacabado de Edgar Allan Poe – e do poema "Eldorado", do mesmo perturbado mestre absoluto do terror. Basta clicar nos links em vermelho para ter acesso às traduções (críticas, sugestões e comentários sobre elas são sempre bem-vindos).
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